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Estudo e trabalho na Austrália, como foi essa experiência para a Amanda Mendes

Amanda, diretora da ETC Brasília, nos contou como foi sua longa experiência de intercâmbio em Brisbane, na Austrália.

Estudar e trabalhar na Austrália é o objetivo de muita gente quando o assunto é intercâmbio. O país é um dos poucos no mundo que permitem essa modalidade, e também é uma ótima opção de destino para quem busca um lugar moderno, organizado e que abraça a diversidade. Amanda embarcou em 2013 para estudar e morar em Brisbane, uma cidade bem parecida com Brasília, em termos de estrutura, além de ter cerca de 300 dias de sol por ano! Ela compartilhou conosco como foi sua experiência em (quase) 4 anos vivendo na Austrália:


- Fazer um intercâmbio de longa duração, como o Estudo e Trabalho, é uma decisão e tanto. O que te motivou a fazer esse intercâmbio?

Tinha acabado de me formar na faculdade e estava naquele limbo, muito comum para recém formados, de ter formado e estar desempregada. Comecei a estudar para concurso, logo em seguida comecei a trabalhar com publicidade e propaganda (minha formação) e, comecei a me questionar sobre o futuro, sobre quem era a Amanda e o que eu realmente queria fazer da vida, tanto profissionalmente quanto pessoalmente.

Foi aí que surgiu a ideia do intercâmbio! Conheci uma pessoa que tinha feito e que falava com um brilho no olho sobre o intercâmbio dele, de estudo e trabalho. Falava até dos perrengues com brilho no olho e pensei: “quero ter esse brilho no olho também, quero ter histórias para contar, rir dos perrengues e etc.”



- Para chegar na Austrália é uma viagem bem longa, como foi sua chegada no país e a sua primeira semana?

A minha expectativa estava altíssima… Pois, eu já havia estudado todos os cursinhos de inglês no Brasil e, na minha cabeça, o meu inglês estava TOP e eu ia chegar chegando e conseguir emprego já na 1ª semana.

Você já pode imaginar, né?!

Cheguei passando vergonha no aeroporto, não sabia como sair. Tentava falar com o pessoal do aeroporto e a comunicação foi muita baseada em mímica e apontar para o endereço que eu precisava ir. Pois, o meu inglês não estava TOP e o sotaque australiano bem diferente do meu sotaque. Rss



- O sotaque australiano é bem forte, em alguns momentos parece até uma outra língua! Como foi se adaptar a esse sotaque? Muito difícil?

No 1º dia de aula, quando fiz o teste de nivelamento, o professor me colocou no nível intermediário e eu comecei a rir (de nervoso, claro!). Daí, ele me perguntou o porquê… Então, expliquei que eu tinha muita dificuldade em entender o inglês dos australianos e eles tinham dificuldade em entender o meu. Foi aí que o professor me acalmou! Ele disse o seguinte (em inglês, obviamente! Rss): “Você sabe inglês, só precisa praticar e acostumar o seu ouvido para melhorar o entendimento dos diferentes sotaques! Você aprendeu o inglês com sotaque brasileiro, é normal ter um pouco de dificuldade nos primeiros dias aqui.”

“Fica 15 dias na turma intermediária, se em 15 dias você de fato não conseguir acompanhar e tirar nota nas tarefas e provas… daí, a gente te volta para o básico. Mas, se em 15 dias você conseguir melhorar, então, você continua.


- Como você ficou bastante tempo, acredito que tenha feito diversos cursos. Quais foram?

Bom, eu comecei como todo mundo: com o curso de inglês. Depois fiz um preparatório para o FCE e entrei para um college e fiz um Certificado em Business, e depois mais um Certificado Sales & Marketing, bastante coisa!


- Como foi trabalhar na Austrália? No que você teve a oportunidade de trabalhar?

Trabalhei com um pouco de tudo lá. Dentre as oportunidades, trabalhei como garçonete, camareira, recepção e atendimento ao cliente e intercâmbio.



- Sentiu que o fato de trabalhar por lá ajudou no desenvolvimento do seu nível de inglês?

Ajudou bastante, principalmente, quando você trabalha com uma equipe que possui uma diversidade grande de culturas. A única língua em comum é o inglês, então, não tem pra onde correr. É o inglês mesmo!


- Qual foi o momento que você mais sentiu orgulho, no sentido de uma conquista pessoal? Seja na escola, no trabalho, no cotidiano… aquele objetivo que queria atingir e de fato conseguiu.

Eu fiquei mega feliz quando comecei a sonhar em inglês e comecei a falar de forma mais fluida o idioma.


- O que mais te impressionou no país?

A civilidade da população! Eles são muito amigáveis, respeitosos e conscientes civicamente, no sentido de entender é responsabilidade individual de cada um de preservar e manter o país “girando”.


- Como você acha que essa experiência impactou sua vida hoje?

Ela foi decisiva para eu entender quem é a Amanda, o que a Amanda é capaz de fazer, quais são os meus limites e o que eu quero para o futuro.

Tive muita certeza que o intercâmbio iria ficar na minha vida, mesmo voltando para o Brasil, a experiência é tão marcante e desafiadora que te muda desde as coisas mais simples até as maiores, como a questão profissional, sabe?” Antes de fazer o vestibular e começar a fazer a faculdade, eu pensei em fazer curso em turismo, mas, na época, acabou não dando certo. Com o intercâmbio, eu tive muita certeza que trabalhar com outros países, culturas e etc… era o que eu queria fazer profissionalmente! É por isso, que desde 2014 (enquanto estava no intercâmbio) trabalho com intercâmbio.


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